Estudo de caso: O papel do professor interlocutor




Um estudo do caso: O Interlocutor de LIBRAS

Por: Vanda aparecida de Goes



Quem é o interlocutor? Ou melhor, á que se designa essa profissão? Muito se ouviu falar do intérprete de Libras, mas subtende-se que essa nomenclatura abrange uma dimensão peculiarmente predisposta á muitos campos e sem procedentes, porque quando falamos em intérprete estamos o correlacionando ao tradutor que tem que para desempenhar seu papel ser fluente em pelo menos duas línguas: A sua de origem e a que vai interpretar ou seja traduzir. Já o interlocutor não há necessidade em ser um exime-no professor de letras com um acervo lexical estupendo e, em contra partida ter uma nata proficiência em LIBRAS, na verdade esse seria o perfil ideal para atender a demanda, mas, devido a falta de profissional habilitados, criou-se o interlocutor, que é um professor passível e flexível de ensinar e aprender , que primordialmente procurar atender as necessidades de seu discente e estar pronto a se capacitar e oferecer o melhor que puder. O aluno surdo não é do professor interlocutor e sim aluno da escola em qual está matriculado e, por conseguinte aluno do professor regente da qual lhe foi atribuído aulas. O papel do interlocutor de Libras é apenas mediar à comunicação e os conteúdos ministrados pelo professor regente habilitado na disciplina em que o professor interlocutor de LIBRAS está mediando. Cabe ao professor regente repassar informações pertinentes dos conteúdos disciplinares a "todos os alunos", deixo frisado esse jogo de palavras porque muitos professores pensam que o aluno surdo é um problema do interlocutor e muitos nem se dão o trabalho de vir saber se o aluno está entendendo a matéria, já que o seu "problema" está resolvido.Em muitas das vezes o próprio professor interlocutor não sabendo qual é o seu papel, percebendo que seu aluno surdo já em séries avançadas não possui letramento e é um mero copista e também não possui libras suficiente para uma boa comunicação, passa a ser o salva vidas da situação , o próprio anjo que DEUS designou para equilibrar a balança da desigualdade. E esse pobre e infeliz desconhecido da Constituição que exprime o direito de igualdade e dos direitos humanos passa a ser o ministrante de todas disciplinas , inclusive professor de educação de séries iniciais, passa a ser aluno assíduo aos conteúdo exposto em cada aula , o primeiro da sala. O mais aplicado, o mais compenetrado , quando não em contra partida retira esse aluno que chegou até aonde está devido a Leis que garantam sua inclusão , mas , infelizmente não da subsídios, para fazer um contra turno: Alfabetizar em português....Nossa,quanto descaso , quanta discrepância em relação ao meu nobre amigo ou amiga que se tornou o salvador da pátria e que nem ele nem ninguém sabe qual sua verdadeira função. Eu escuto muito falarem:- Se o aluno não atinge será que a culpa não cairá nas minhas costas? Ou ainda: ? Se eu estou lá eu quero fazer o melhor! Nem que para isso eu precise começar do zero...

Segundo a o decreto do qual nomeia o professor Interlocutor Lei 2006 de um artigo e asterisco que não vou abordar por não ter relação com o estudo do caso em questão e quem quiser possuo mais artigos que possuem abordagem nessa dialética (estejam a vontade).Quero parafrasear ao meu querido leitor dois pontos importantíssimos;

1º: Cabe ao interlocutor possuir imparcialidade, flexibilidade e autonomia de transpor idéias pertinentes aos conteúdos utilizando em suas analogias, formas lexicais e estruturas que norteiam o assunto em questão, para que possua sentido em sua língua materna (L1) e seja internalizado pelo sujeito surdo. Lealdade em que se esta interpretando simultaneamente (agora cabe a nomeação da palavra intérprete). Não tendo responsabilidade ou pretensão de se impor ou dar informações de sua própria autoria. Cabe ainda ao sujeito que se dispõe a ser um interlocutor, a saber, o seu perfil desde a meia do pé ao seu pensamento (este nunca está incluído). O interlocutor precisa ser um pedagogo que esteja interado de todas as situações e condições de sua profissão. Cabe ao interlocutor de forma imprescindível ter o olhar pedagógico e analítico da sua postura e da postura de seu aluno em questão
2º O que não cabe ao professor Interlocutor: Alfabetizar, (esse é o trabalho da escola do matriculado disponibilizando após prévia sondagem de letramento do aluno surdo um professor de reforço ou da sala de recursos) porque é anticonstitucional retirar qualquer aluno de sua sala de aula para aula particular, sendo este matriculado em escola pública cabendo possíveis represálias em jurisdição maior, sendo passível de sérias represálias e exoneração de cargo. O professor interlocutor não precisa de prévios conhecimentos das disciplinas da grade curricular do aluno que está atendendo. O professor interlocutor apenas repassa em Libras informações ministrado em sala de aula não tendo por responsabilidade fazer com que o aluno aprenda e na dúvida do aluno ou na falta de entendimento cabe ao professor regular dar pronto atendimento. Nunca fazer trabalhos dos alunos e sim possibilitar e dar condições para que o aluno surdo os realize. Nunca opinar, criticar ou sugerir qualquer tipo de conteúdo ou desempenho a ser redigida pelo professor regular.
Com certeza eu deixo muitas reflexões e também muitas criticas, mas, o mais importante caro amigo ou amiga, é que somos os escritores dessa nova modalidade e teremos muito ainda o que questionar , muito o que aprender , trocar e reconstruir .Eu estou a disposição do futuro certo e incerto que temos pela frente e você? Posso contar com sua militância nessa jornada?Creio que sim não somos professores por estatus e sim por amor.Viva na todos que está ajudando a construir essa história de igualdade social , soberana e onipotente.

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Beijos sinalizados!

Comentários

  1. MUITO LEGAL SEU BLOG!! AMO LIBRAS ,MAS AINDA NÃO TENHO UM ALUNO OU ALUNA SURDA!! NÃO VEJO A HORA DE COLOCAR EM PRÁTICA O QUE EU APRENDO.

    BJO.

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  2. Obrigada por deixar seu comentário e boa sorte nessa sua nova profissão
    beijos sinalzados

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  3. Estou realizando o meu primeiro trabalho atendendo um aluno do ensino fundamental do terceiro ano como professora bilíngue. Estou encontrando dificuldades de entendimento com a equipe pedagógica que acha que tenho que ser baba do aluno, não me dando tempo nem para fazer meu planejamento. Foi bom ter lido seu depoimento, tenho agora argumentos para discutir o assunto

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